Evangelho no Lar

Publicado: Quinta, 17 Setembro 2015

ORIENTAÇÃO PARA O CULTO DO EVANGELHO NO LAR
• O Evangelho no Lar deve ser uma prática a ser adotada como regra salutar e higienizadora do ambiente familiar, porquanto é ali, no seio da família, que se encontra, como diz Emmanuel, “o cadinho redentor das almas endividadas”.
• O Evangelho no Lar é uma escola, onde Jesus é o professor, os participantes, os alunos, e a Boa Nova, a matéria.
• O Evangelho no Lar é um momento de confraternização entre os homens e os Espíritos, sob a bandeira do Cristo. Os
Mentores do GEID responsáveis pelo culto são: Meimei e José Tropeço.

1.Deve-se marcar dia e hora da semana, respeitando-os como compromissos assumidos ante o Mestre e os Amigos Espirituais do Lar. De preferência, escolher horário em que não haja prejuízo para a reunião. Convidar todas as pessoas que estão no lar, sem forçar sua presença. Crianças podem participar, desde que não perturbem à reunião.

2. A duração da reunião varia entre 20 a 40 minutos, normalmente. Se você estiver só, ainda assim faça seu Evangelho no Lar, porquanto existe a presença dos Amigos Espirituais.

3. Deve-se colocar uma toalha clara sobre a mesa, uma jarra com água filtrada, que será fluidificada pelos Amigos Espirituais.

4. Pode ser colocado um jarro com flores, incenso e música suave.

5. Outras mensagens ou livros apropriados poderão ser lidos e comentados na reunião, visando carrear outros esclarecimentos das lições de Jesus para o entendimento do homem e dos Espíritos presentes, objetivando sua reforma íntima e a verdadeira fraternidade. Recomendamos: “Jesus no Lar” e “Pão Nosso”, ambos psicografados por Francisco Candido Xavier.

6. Faz-se a prece inicial, abre-se o Evangelho Segundo o Espiritismo, seja em página aleatória ou seqüencial. A leitura e o comentário devem ser feitos com voz normal, sem afetação ou qualquer impostação. Após breve comentário, deve-se abrir um diálogo, justo e equilibrado, entre os participantes, para fixação do aprendizado.

7. Não devem ser feitas invocações, manifestações mediúnicas (incorporações) e doutrinações de Espíritos. O culto do Evangelho não é uma seção espírita.

8. Não deve haver interrupção da prática do Evangelho, em razão de visitas ou telefonemas, salvo exceções conscientes. No caso de visitas inesperadas, convidá-las à participação ou pedir-lhes para aguarda o encerramento normal.

9. No encerramento do culto será feita uma prece final de agradecimento e a seguir, a água fluidificada deve ser servida a todos os participantes.

“Acende o sol do evangelho em casa, reúne-te com os teus para orar e jamais triunfarão trevas em teu lar, em tua família e em teu coração.”
“Confia em Deus e faze da maneira mais eficiente a tua parte. O Senhor completará o que não consigas realizar.”

Evangelho, a lição de Jesus
A lição de Jesus, a respeito do Culto Cristão no Lar, foi transmitida pelo espírito de Néio Lúcio II, da seguinte forma:
“Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade: Simão, que faz o pescador, quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia? O apóstolo pensou por alguns momentos e respondeu-lhe hesitante: Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.

E o oleiro? O que faz para atender à tarefa a que se propõe? Certamente, Senhor, respondeu o pescador intrigado, modela o barro imprimindo-lhe a forma que deseja. O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu: e como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende? O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar: lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.

Calou-se Jesus, por alguns instantes, e depois continuou: assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendermos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se não nos habituarmos a amar o irmão mais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?

Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e falou: Pedro acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram, a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebe o Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conservação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que o constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou tímido: Mestre, seja feito como desejas.

Então, Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão no lar.”